sexta-feira, 31 de julho de 2009

The Edukators & Almost Famous.

Olá!
Bom... Como eu tinha prometido no último post escreveria as resenhas e os comentários dos filmes que eu assisti nesses últimos dias hoje, então vamos lá.
O primeiro filme chama-se "The Edukators" e eu confesso que nunca tinha ouvido falar dele antes... É um filme de 2004 portanto é inevitável dizer que nunca ouvi falar dele por pura ignorância minha, pois tempo para isso eu tive bastante.

O filme conta a história de uma dupla de garotos que percorre os bairros nobres da Alemanha invadindo mansões de magnatas, mas existe um porém: Eles nunca roubam nada. Apenas desorganizam toda a mobília e deixam uma das seguintes mensagens: "Seus dias de fartura estão contados" ou "Você tem grana demais, assinado The Edukators". Um dia Jule, a namorada de Peter, é despejada de seu apartamento por ter consumido uma dívida de cem mil euros com o magnata Hardenberg por ter perdido o controle de seu carro e batido em uma de suas inúmeras Mercedes e é convidada pelo namorado a morar com a dupla. Quando a garota descobre com qual atividade os garotos ocupam suas noites, resolve invadir a casa do milionário que a "ferrou"...Mas eles são pegos.

O filme trata basicamente de revoluções sociais, mas o mais legal é que a política não está estampada em cada minuto da história. Ela está presente o tempo todo porém camuflada pelos conflitos e discussões dos jovens. Os jovens anarquistas conseguem nos surpreender com suas atitudes perante a sociedade atual onde achávamos que tudo já havia sido feito algum dia e que todos os tipos de pensamento já haviam sido expostos e suas práticas exercidas.
Eu nunca tinha ouvido falar do diretor Hans Weingartner, assim como nunca tinha ouvido falar em The Edukators, mas agora pesquisando mais descobri que o cara é um austríaco residente em Berlim há anos e que ele também fez um outro filme chamado "The White Sound" (não sei o título em português). Ambos os filmes foram gravados em versão original em alemão, e tem como cenário a Alemanha.
Achei que o diretor abordou a política em seu filme de forma prática e talvez (isso pode ser só na minha cabeça, adianto) tentou fazer uma denúncia a sociedade que generaliza os problemas ao colocar na boca de seus personagens argumentos como "a fome das crianças na África e a falta de possibilidades das mesmas " e "com todo o seu dinheiro você poderia alimentar todas elas". Gostei muito do momento em que Hardenberg afirma já ter sido líder de um grupo revolucionário quando era jovem, mas que foi engolido pela sociedade e suas táticas.
O filme trata também de um triângulo amoroso (não poderia faltar, né?!) entre os três personagens principais, o que gera uma grande briga que - confesso agora - é uma das coisas que deixou o filme mais interessante. O momento em que os amigos Jan e Peter se reconciliam marca o filme com sua profundidade sem apelar para uma trilha sonora sentimental ou palavras (banais) de amor.
O final é bem do tipo "você nunca saberá o que aconteceu", mas não acho que isso tenha estragado o filme por ser algo muito comum em longas. O que me decepcionou é o fato de o filme ter tido um sucesso comercial muito pequeno, não foi muito aceito pela sociedade atual talvez por ser um filme meio alternativo que trata do anarquismo como movimento principal. Não acho que o diretor tenha ligado muito pois como li em algumas entrevistas o mesmo é grande fã do movimento Nouvelle Vague que tem como principal objetivo a liberdade de expressão de um diretor sem ligar para questões comerciais.
Eu totalmente indico e peço que as pessoas deêm uma chance ao filme pois o mesmo é muito bom!

Vamos ao próximo filme então...

Quando o fanático por Rock'nRoll William Miller consegue um emprego na consagrada revista Rolling Stone para escrever uma matéria sobre a primeira turnê da banda Stillwater pelos EUA acaba embarcando com os integrantes da banda e a misteriosa groupie Penny Lane em uma incrível aventura semeada por muito rock, diversão e - infelizmente - envolvimento com os caras, mas vamos lá... Quem foi que disse que um jornalista não pode se envolver com a banda sobre a qual está escrevendo?

É inevitável considerar o fato de o filme ser, na verdade, baseado em uma experiência pessoal do próprio diretor Cameron Crowe que antes de virar um cineasta, havia sido jornalista da revista Rolling Stone. Talvez seja com o mesmo amor que o diretor dirige sua câmera no decorrer do filme mostrando com sensibilidade a história do garoto William, que ele faz uma crítica "anônima" a comercialização do Rock. Sua aversão ao fato do consagrado estilo musical tornar-se algo lucrativo ao invés de uma simples prática passional fica evidente em diversos momentos do filme. Por exemplo quando a gravadora da banda envia um novo empresário para substituir o atual amigo da banda, ou quando as groupies reclamam de suas substitutas que estão atrás dos caras simplesmente por fama e dinheiro e não por amarem sua música ou sentirem algo realmente profundo quando os primeiros rifles da guitarra começam a soar no palco próximo e quando a platéia lotada começa a delirar suavemente...


Eu me apaixonei por Penny Lane, a misteriosa groupie que hesita para revelar seu nome verdadeiro e se envolve com Russell (vulgo o cara mais gato da banda). Seu envolvimento com Russell não parece ter sido, em momento algum, apenas brincadeira para Penny Lane. Por mais que a garota tenha dito (e agora está na hora de eu fazer aqui o memorável quote): "I always tell the girls, never take it seriously, if ya never take it seriosuly, ya never get hurt, ya never get hurt, ya always have fun, and if you ever get lonely, just go to the record store and visit your friends." Ela pareceu levar a sério o romance com o cara, tanto que as consequências do fora que tomou dele em certo momento do filme foram catastróficas para a garota que acabou quase morrendo de overdose de um remédio.


Adorei também a cena em que o famoso Russell Hammond foge com William para uma misteriosa festa cheia de "pessoas normais" em uma das cidades pelas quais passa em turnê e após beber algumas (muitas) garrafas de cerveja declara em cima de um dos telhados da casa: And you can tell Rolling Stone magazine that my last words were... I'm on drugs!
Então William o interrompe dizendo que eles deveriam trabalhar suas últimas palavras e o cara responde: I got it, I got it. Last words - I dig music.
Acho esse diálogo genial, e a cena também pois explora de forma sutil o quanto um rockstar às vezes precisa de ar, e muitos não entendem que talvez por essa única razão eles apelem tanto as drogas e ao álcool às vezes.

Eu realmente teria ainda MUITO para falar sobre esse filme, mas como eu estou caindo de sono acho que vou me limitar a elogiar a atuação de Kate Hudson que foi certamente o destaque do filme e prometer para vocês que amanhã eu posto uma crítica com comentários bem legais sobre o filme "O Iluminado", que era o terceiro filme que eu deveria escrever sobre nesse post.

2 comentários:

  1. I'M A GOLDEN GOD!
    A cena do Edukators em que ele fala sobre já er sido um revolucionário é de arrepiar até a espinha, fato.
    E Almost Famous, um dos meus filmes favoritos, a sequencia de Tiny Dancer é incrível. E não dá pra esquecer do "I'm gay" com o avião caindo, hahaha!

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  2. AAAAAAAAAAAAH ALMOST FAMOUS, AMO AMO AMO É COM A ZOOEY SABIA? ELA É A IRMA DELE A ANITA MILLER, AAAAAAAAAAAH ela ta linda no filme mas o filme é mega velho de 90 e poucos ainda,uahuah acho que 98, a zooey era novinha, ela queria ser aero moça no filme, hauhau. ADORO, e a kate ta novinha também, amo as duas, mas CLARO que a zooey bem mais!

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