domingo, 31 de maio de 2009

It's closing time and it's getting late.

"It's closing time and it's getting late
Can you fetch my coat cause I don't feel too great... anymore
But I want to stay. Don't you want to stay as well?
I don't think that you do I've got this funny feeling that you don't feel like I do
This conversation's just passing you by
I know it, I can see it in your eyes"

O sorriso não precisou de muito para ser despedaçado, bastou um olhar, uma visão do que não devia ser visto para que tudo acabasse alí. A noite caia, aos poucos o brilho celeste da lua aparecia, fazendo com que o restante da luz solar que iluminava o dia fosse embora. Seu olhar agora vagava pelo salão, as lágrimas escorriam... Pena que lágrimas não significam arrependimento. Levantou-se sem rumo, a noite a chamava com estrelas convidativas, sentou-se para admirar seu brilho porém não enxergava com clareza, cada estrela estava tão borrada quanto seu coração estava confuso. Lembranças confundiam sua mente, sorrisos ultrapassavam sua barreira de frieza, atos a faziam chorar... E era isso que estava fazendo: Chorando. Chorando por nada, chorando por quem não merecia, chorando por quem pouco conhecia, chorando de dor, chorando de amor... Ou apenas chorando. Suas palavras soavam roucas, nos olhos do garoto via o desprezo de quem não queria ouvir, de quem queria ir embora.

"You've had one too many, low and behold
You're telling the secrets that can't be told
It feels so special, it feels so right
But then you knock me back and I fall
I fall to the floor"

Olhou para as estrelas uma última vez, nada conseguia dizer... O silêncio agora era a última palavra de quando o coração perdeu a voz. A incerteza de se aquilo era correto ecoava por seus ouvidos, mas o que a perturbava continuava ocorrendo, não tinha o que fazer, com quem falar, no que acreditar, ou até em quem... Porque nela não acreditava mais.

"And all she wanted was a kiss
All she wanted was a chance tonight"

Talvez um beijo fosse demais... Tudo o que queria eram palavras. Palavras que a fizessem se sentir melhor, um abraço, um abraço de qualquer um. Nas asas do tempo a tristeza voaria, provavelmente iria passar, mas naquele momento nada a fazia pensar que algum dia aquilo fosse acabar. Era constante, era doloroso... Era real.

"I'm walking home, I'm pissed and I'm frozen
My minds being warmed up by that little token of you
In your little way
But they're sleeping in your today
And now beeps the phone
I fumble round to answer but I end up with it on hold
Late night taxis keep passing me by
I feel sick and look to the sky"

Já dentro do carro ia devagar... Pedestres pareciam andar mais rápido, o mundo todo parecia estar à frente, deixá-la para trás. Uma simples visão do céu a fazia chorar. Não o via, mas imaginava suas expressões, sua voz... Seu cheiro.

"You're not just a number upon a computer
Or a waiting list"


Song: What you could have won - Milburn.


quarta-feira, 27 de maio de 2009

I'm glad it's your birthday!


You say it's your birthday
It's my birthday too, yeah
They say it's you birthday
We're gonna have a good time
I'm glad it's your birthday
Happy birthday to you

Há 7 anos atrás eu jamais iria imaginar que aquela garotinha baixinha (só para não perder a piada) de olhos verdes cujo pé eu pisei durante a aula de Educação Física iria se tornar uma das minhas melhores amigas... E agora minha melhor amiga.
É... O tempo realmente passa muito rápido, mas eu consigo sinceramente me lembrar de grande parte dos momentos que passamos juntas, e foram muitos. Tudo começou com uma pergunta envergonhada e sincera: - Você quer... Ser minha amiga?! - E uma resposta positiva: - Eu quero.
Talvez se não fosse por esse começo ''bobo'' nós não seríamos amigas, não é? Muitas coisas poderiam ter nos feito simplesmente passar reto uma pela outra, mas não, a gente se encontrou e se conheceu. Como toda amizade infantil normal, o afeto que sentíamos uma pela outra foi crescendo rápido e em meio a trocas de bichinhos de pelúcia (que você levava para o Rio de Janeiro e fazia questão de dizer que "quase os esqueceu lá") acabamos nos tornando bem amigas. Nunca vou esquecer o dia em que meu pai levou nós duas ao zoológico e nós nos agarramos em um carrinho de sorvete e como meu pai não comprou os picolés que queríamos, saímos correndo para longe! É um começo bem típico para a amizade que temos agora, pensando bem! Me lembro também que eu nunca tinha dormido na casa de uma amiga antes... E um dia você me convidou para passar o final de semana com você, e eu fui. A gente demorou muito para dormir e ficávamos perseguindo seu cachorro até que de algum modo eu soei o alarme e pulei na sua cabeça de susto (!!) aí seu pai apareceu e ficou bem bravo...
Eu me lembro de muitas coisas (muitas coisas mesmo) de quando éramos pequenas e estávamos na primeira série... Mas essas coisas nem se comparam ao que foi acontecendo depois, no decorrer de nossas vidas. Me lembro que a gente se afastou bastante durante um período ''escolar'' que ocupou da terceira à quarta série. Só voltamos a ser amigas mesmo na quinta... Eu sentia que você não gostava muito de mim (na verdade você que veio a me dizer isso depois) mas mesmo assim nós ficávamos juntas... Foi nosso período "emo'' de vida. Depois começamos a nos gostar mais, quando você morava naquele apartamento assombrado que era perto da minha casa. Eu lembro do seu aniversário nesse ano, 2006. Foi no Laser Shot's do Shopping Eldorado e eu tinha acabado de fazer uma operação no braço, mas mesmo assim eu acabei fazendo minha mãe me levar... Tinha acabado de ganhar uma bota muito alta e eu fui com ela, aí depois da festa a gente foi para sua casa e você me chamou para dormir lá. Lembro que você ficava o tempo todo colocando a bota para tentar se sentir mais alta, que bonitinho!!
Aí, no meio do ano eu acabei me mudando e a gente não se falava muito... Eu tinha ficado de te enviar uma carta mas sempre acabava esquecendo. Mas em outubro (perto do meu aniversário) eu vim para São Paulo e a gente se viu algumas vezes e tirámos uma foto muito engraçada que eu ia postar aqui mas não achei, sorte nossa. Quando eu voltei a morar em São Paulo - no ano seguinte, nós nos aproximamos muito! Mas nossa amizade realmente nunca foi tão forte que nem nos anos de 2008 e agora, em 2009! Em 2008 nós fizemos realmente coisas muito legais juntas... E esse ano também está sendo muito bom! Eu pensei em escrever todas nossas internas aqui mas ia ser coisa demais... Bom, eu gosto demais de ser sua amiga, cada momento ao seu lado é excelente para mim! Obrigada por me aguentar até hoje e por fazer com que nossa amizade durasse até hoje... Espero que no nosso caso Best Friends singnifique Friends Forever.
Desculpe se eu não fui boa o suficiente nos momentos mais difíceis da sua vida... Como o começo desse ano e até agora, dependendo do ponto de vista, mas eu tentei... E eu realmente espero que não existam mais momentos difíceis na sua vida, que tudo seja lindo do jeito que você merece que seja.

"Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chancede fazer aquilo que se quer... Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecema importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhanteé baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre." - Clarice Lispector.

Bom... Talvez palavras nunca sejam suficientes para expressar o que eu sinto por você, amiguinha (!!). Mas nesse seu aniversário eu espero que você consiga tudo o que você quer, que continue errando... Porque é normal, mas que acerte muito mais também. Que faça coisas erradas, porque faz parte... Mas que seja mais responsável e pense com mais clareza também em algumas decisões que tomar... Só que acima de tudo eu espero que você seja feliz, do jeito que você quiser, com quem você quiser e fazendo o que você quiser. Que todos seus sonhos se realizem. Eu te amo!

"We've been on the run
Driving in the sun
Looking out for number one
California here we come
Right back where we started from
Hustlers grab your guns
Your shadow weighs a ton
Driving down the 101
California here we come
Right back where we started from
On the stereo
Listen as we go
Nothing's gonna stop me now
California here we come
Right back where we started from
Pedal to the floor
Thinkin' of the roar
Gotta get us to the show
California here we come
Right back where we started from"

E que 2009 seja melhor ainda do que 2008 para a gente!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Have you ever heard of MILBURN?

Provavelmente alguns de vocês já ouviram alguma coisa sobre o quarteto inglês, da cidade de Sheffield, Milburn. A banda é composta por: Joe Carnall (vocal principal, baixo), Louis Carnall (vocal, guitarra-base), Tom Rowley (guitarra-solo) e Joe Green (bateria). A música deles é bem parecida com a de outras bandas como The Rifles, Little Man Tate e The Holloways, marcada por arranjos de guitarra bem elaborados e melodias simples. As letras tratam de situações sérias da juventude com humor. "O som da banda foi recentemente descrito como os riffs agressivos da banda Jam, com um toque de ska misturado ao som e toda a característica das bandas contemporâneas, como o Libertines e Razorlight", disse o site Lastfm sobre a banda.
Por enquanto os caras já lançaram 2 CDs: Well Well Well (2006) e These Are The Facts (2007), e dois singles: Send in the Boys (2006) e What Will You Do (When The Money Goes) (2007). Eu gostei mais de These Are The Facts, porém uma das minhas músicas preferidas está em Well Well Well... Aconselharia que vocês baixassem os dois, dando destaque para as músicas Roll Out The Barrel, Storm In A Teacup, The Genious And The Tramp (preste atenção na melodia), Lucy Lovemenot e Rubicon.

Enquanto isso assistam ao video Cheshire Cat Smile:

You can't hide your head in the clouds forever.

"There are some things that you never want to see
Situations that you struggle to believe
Now you're older and I am older too
There are some things that you said you'd never do
But we both know that's not entirely true
You did them, didn't we do them together?"

Quando somos pequenos tudo parece mais fácil, mais bonito... Mais mágico. Íamos aos parques nos dias de domingo e observávamos apenas os sorrisos nos rostos das crianças que brincavam com a gente, a cor forte dos picolés que chupávamos e a altura que o balanço alcançava quando empurrado com força. Hoje já temos a preocupação de voltar cedo para não perder um programa interessante na TV, de nos lambuzar de protetor solar e ficar em baixo de uma árvore durante o passeio todo com medo dos raios Ultra Violeta que podem atingir nossa pele. Os raios UV são, na verdade, essenciais para preservar a existência da vida em nosso planeta e até para manter uma temperatura sem muita instabilidade na qual consigamos viver. Porém com a quantidade de buracos que foram formados na camada de ozônio, de uns tempos para cá ficamos expostos aos raios sem nenhuma proteção.
Aí ouvimos pessoas dizer: - Para que tomar cuidado com alguma coisa que ninguém liga?
É... Se todos continuarem com esse mesmo pensamento, daqui a pouco não existirão nem ao menos árvores para nos escondermos do sol.




segunda-feira, 25 de maio de 2009

O amor já desvendou nosso lugar e agora está de bem.

Nas palavras de quem não tem direito de palavrear, encontrei o meu lugar.

O tempo passava devagar, cada segundo um tormento. Cada minuto, uma eternidade. E as horas não passavam... Nada parecia ter sentido. Você tinha terminado comigo, nossa relação tinha acabado... E em cartas velhas eu não conseguia mais te ver. Na minha carteira nossa foto já não demonstrava a mesma alegria, os rostos nem ao menos pareciam ser os mesmos.
Sempre fui impulsiva, meus sentimentos nunca conseguiram esconder minha coragem, minha vontade de viver... Sofrer não era o que eu queria, chorar não era o que eu precisava. Minha maquiagem estava bonita, o blush cor de rosa destacava bem meu rosto jovial, por que não mostrar ao mundo que eu sobreviveria a alguém que tanto me fez mal? Que depois de tanto tempo conseguiu quebrar meu coração em um impulso de desapego...
O relógio agora marcava 10:13, a noite que minha janela me permitia ver parecia aprazível aos meus olhos semi-molhados. Meu espelho sorria me chamando para melhorar a imagem que via, aos poucos delineei meus olhos, devolvi a cor de romã fresco aos meus lábios e, cuidando para não derramar sequer mais uma lágrima segui para onde o mundo me levasse...
O tempo agora corria contra mim... 10:50 e eu ainda não estava nem perto do que esperava conseguir naquela noite. Não precisava de amigos, não precisava de você, para mim estar longe de tudo que conhecia só me faria bem... Experiências novas, pessoas novas, lugares novos.
Carro não seria necessário também, eu tinha minhas pernas e elas conseguiriam me levar mais longe do que rodas jamais iriam. No meio da rua vejo um homem. Os cabelos castanhos (ou seriam pretos?) balançando sobre o rosto que se perdia na escuridão, os olhos não pareciam me alcançar... Ele não parecia me ver, quanto menos me notar. Minhas palavras tentaram chamar por ele... Não sei porquê, mas aquele homem vazio me atraiu. Não parecia ter muito à dizer, nada para demonstrar.
Continuei andando, aos poucos consegui ver que seus olhos eram claros e os cabelos, eram sim castanhos. Levei minha mão ao rosto e após um leve pigarro conseguir proferir as seguintes palavras: - Será que... Você... Precisa de ajuda? - Mas que estúpido modo de tentar iniciar uma conversa. Que jeito ridículo de abordar alguém!
- Não. Mas me parece que você precisa. - Ele respondeu, um sorriso no rosto de repente.
- Não estaria perguntando se a situação fosse inversa.
- Ou talvez essa seja exatamente a razão pela qual você me abordou...
- Você quer dizer que eu estou atrás de companhia barata?
- Não disse isso. Apenas questionei que talvez você tenha me oferecido ajuda, por quererê-la em troca.
- Talvez eu precise. - As palavras acacianas soaram mal até para meus ouvidos.
- Então me diga, garota, o que é que te perturba? - Consegui, assim, perceber que ele era mais velho do que eu imaginava. Beirava os trinta anos, talvez...
- Você já se sentiu como um nada para alguém? Já entregou, alguma vez, sua vida para uma pessoa que não deu valor e após usar até cansar... Jogou fora? - Ele não respondeu, na falta de palavras contrárias, continuei - Já teve a impressão de não conseguir fazer o mundo parecer pequeno demais para você? Talvez porque esse mundo se resumisse à uma pessoa, e esse alguém está longe... Mesmo estando tão perto. E que tudo que aconteceu na sua vida de uns tempos para cá foi em vão porque agora não faz mais sentido. É só que... Acabou. - As lágrimas começaram a cair sobre meu rosto, agora não me esforçava mais para contê-las.
Ele não respondeu novamente... Como quem não quer nada, aproximou seus lábios dos meus e me beijou com cuidado. E não é que nas palavras de quem não tem direito de palavrear, encontrei o meu lugar.